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domingo, 11 de setembro de 2011

O surto industrial da Bahia e a favelização na cidade de salvador

    O surto industrial da Bahia, motivado principalmente pela construção do pólo petroquímico de Camaçari na década de 70 e várias outras indústrias na região metropolitana de Salvador atraiu muitos investidores e trabalhadores para o estado, e conseqüentemente muita mão de obra especializada vinda de fora, já que na época o estado não oferecia capacidade profissional suficiente para suprir a demanda pedida.
    Trabalhadores vindos, principalmente, do sul e sudeste do país ajudaram a construir o maior aglomerado industrial do estado. Bombardeada de investimentos de fora, a região conseguiu enorme desenvolvimento econômico durante a construção e consolidação das indústrias. Mas ao termino de todo este processo, esses empregados utilizados no levantamento dos polos ficaram sem trabalhar, e começou o crescimento desordenado de certos lugares, dito favela.
    Com o crescimento deste pólo e a necessidade de novos trabalhadores já que a demanda da indústria é grande, vários cidadãos do interior baiano sentiram-se atraídos por esse emprego na capital, a partir daí começou o êxodo rural, muitas pessoas migraram de suas capitais para a capital a fim dessas vagas.
   Sem dinheiro para construir boas casas ou comprá-las, muitas vezes sem emprego, esses cidadãos não tinham muita opção já que a renda estava reduzida, e a escolha teve de ser as “invasões”. Em sua maioria as favelas se desenvolvem em morros, e sua população é essencialmente carente. Necessitadas de saneamento, transportes, educação, saúde, e qualquer outro fator que leve a melhoria da qualidade de vida.
    As favelas são características marcantes de regiões em desenvolvimento, e crescem sem precedentes. Sem a opção de moradia, eles não percebem o risco que correm se instalando em morros e retirando mata virgem. Deslizamentos e mortes em decorrência das intempéries são marcas constates dos noticiários. É preciso um planejamento urbano, rápido e eficiente, para pelo menos dar um melhor conforto aqueles que ali residem. É o mínimo que se pode fazer para a maioria que ganha à menor parte do capital.

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