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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Posição "Marginal" Ou "Periféria" Com Relação Aos Paradigmas Éticos & Estéticos da Sociedade Burguesa

   É comum vermos pessoas do subúrbio e regiões periféricas, sendo destratadas pelo pessoal dos “Bairros Nobres”, principalmente, em grandes cidades que são divididas por zonas. Existe muita diferença, não só a quantidade de dinheiro e bens materiais, mas o dialeto, a forma que são vistos pelo mundo, a sociedade em geral... Eles seguem levando a vida entre o preconceito e o orgulho de morarem neste lugar, não pelas dificuldades, mas sim por saberem que aquilo foi construído por eles, onde está a verdadeira cultura baiana. “Ser suburbano é ter o time da rua, ser amigo de todos, pegar açúcar com o vizinho, falar sem se importar com os números da conta bancária do indivíduo”. Conta Joseane Ribeiro, moradora do bairro de Valéria, no subúrbio da capital baiana.
   As pessoas que vivem nos bairros “mais” afastados do centro, são submetidas a uma péssima educação nas escolas, são destratadas, vistas como bandidas, sem bom gosto, alvos de piadas em teatros, enfim... Uma série de fatos que não passa na cabeça da maioria dos burgueses que moram em Salvador ou em qualquer outra cidade. “Aqui tem muito haver com a fé, pode ser abandonado pelos órgão públicos, porém é mais festeiro e amigável que muitos bairros nobres” Cássia Santos, moradora do bairro de Paripe.
   Em qualquer lugar, tiramos conclusões precipitadas das pessoas, principalmente, quando essas pessoas têm a pele negra. Desviamos quando andamos na calçada, ficamos com medo ao passar por nós à noite em um lugar com pouco movimento... Está é a realidade. Mas há aqueles que vêem os habitantes do subúrbio de um jeito diferente, que os trata bem, como gente de verdade. “Eu moro na Pituba, mas passei a minha infância no bairro do Lobato, me orgulho de lá e acho que me sinto melhor, mais relaxado, conheço todo mundo, jogo, brinco com os vizinhos e, lá no meu apartamento, o máximo é um “bom dia” ou “boa tarde” que as pessoas dizem” (Joabson Beribá).
   Aos olhos da maioria, se um bairro periférico tem um traficante, um ladrão, eles generalizam. O subúrbio deveria ser visto como o lugar mais cultural de uma cidade. Em salvador, seria o lugar mais soteropolitano da cidade. Essa região abriga 24,55% da população, ou seja, aproximadamente 700 mil pessoas vivem no subúrbio, e é onde abriga uma das maiores escolas, portanto, abram seus olhos políticos, pois essas pessoas podem acabar com a sua vida e pôr alguém que se importe com eles.

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