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sábado, 13 de agosto de 2011

A Evangelização Dos Excluídos E A “Demonização” Das Religiões De Matriz Africana

  
  Em nossa atual sociedade, podemos observar que existe claramente uma classe social “excluída”, ou seja, à margem da mesma. Integrantes deste grupo deparam-se diariamente com um cenário de violência, criminalidade e sofrimento, e muitas vezes a falta do básico para a sobrevivência, forçando-os a buscar algo que lhes dê apoio, fé, esperança e motivação para continuar vivendo. E é aí que muitos acabam optando por seguir uma religião, no caso, a que lhes é transmitida através de gerações, geralmente em nosso país o Cristianismo ou Catolicismo.
  Visto que, enquanto freqüentam a igreja ocupam o seu tempo mantendo-se longe da violência, drogas e etc., este pode ser considerado um ponto positivo, assim como o fato de estarem pregando algumas coisas positivas lá dentro. Mas, é fácil de notar que a maioria das pessoas adeptas a esses tipos de religiões possuem um comportamento desrespeitoso e hostil para com os adeptos de outros tipos de religiões, sendo intolerantes com outros modos de pensar e se manifestar, principalmente em relação às de origem Africana, como o      Candomblé, por exemplo, freqüentemente consideradas “Demoníacas”.
  A história do país é um fator determinante na formação do perfil psicológico dos indivíduos, logo, um dos motivos para tal intolerância é o fato de que os negros foram tidos como escravos e “não-humanos” durante um bom tempo no Brasil e no mundo. Esse olhar equivocado e preconceituoso foi passado através das gerações. A própria religião em questão, muitas vezes acaba transmitindo tal intolerância para quem a segue, de modo que, tudo que não vai de acordo com o que eles acreditam como o real e certo, é visto como opositor e merecedor de desprezo. Quando alguém cita um Orixá, por exemplo, certamente você já deve ter presenciado e até mesmo praticado um ato ou expressão de repugnância, como se aquilo fosse algo ruim ou uma ofensa, mesmo sem ter procurado se informar claramente do que se trata e como é tal cultura. E o mais impressionante é que quando apontados esses tipos de comportamento a uma pessoa praticante, muitas vezes ela leva como algo comum, normal, e é aí que está o problema, pois sem a conscientização, não existe mudança eficaz para uma postura mais respeitosa com o próximo, independente de sua religião ou crença.
  O primeiro e principal passo em direção dessa mudança de visão do outro, para melhor convivência em harmonia, é a boa educação, sem dúvidas. Uma educação de base, eficaz, que priorize as virtudes, a qual precisamos valorizar.

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