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domingo, 28 de agosto de 2011

A segregação e a segmentação espacial em nossa Salvador

  
  A cidade de Salvador é fruto dum processo histórico, e vem passando por transformações espaciais desde a chegada dos povos colonizadores. No início na colonização a Salvador era capital do Brasil e foi super valorizada e envolvida num processo de desenvolvimento demográfico, porém, com a passagem da capital para o Rio de Janeiro a Bahia de todos os santos entrou em declínio, e adquiriu vários problemas econômicos.
   No ano de 1950 a crise iniciou um processo de superação com a descoberta dos poços de petróleo encontrados no recôncavo, e a partir daí começou o desenvolvimento econômico, industrial e populacional garantindo a cidade uma popularidade e visão de futuro pessoal.
   A media que eram implantadas as indústrias, a migração da população interior vinha para desencadear o inchaço demográfico de Salvador. População pobre, sem capacidade de melhoria de vida devido aos baixos salários oferecido pelas indústrias, iam se acumulando nas áreas baixas de forma desorganizada, ao contrário das elites compostas pelos diretores, políticos e executivos, a alta sociedade, que moravam nas partes mais altas e com boa estrutura física.
   Daí foi se estabelecendo a divisão de bairros e regiões segregadas sociopoliticamente, onde das 88 áreas divididas pelo IBGE, apenas 7 são da população tipo superior, concentrada na  Orla Atlântica como os bairros da Pituba, Itaigara, Barra e Campo grande, o resto é preenchida pelas regiões populares e médias. Essa segmentação entre espaços devido ás classes socias gera uma desigualdade de atenção, onde os centros mais pobres ficam desamparados e o destino do apoio ao desenvolvimento dado pelos governos vão para locais mais desenvolvidos.
   As comunidades são compostas primordialmente por pessoas que frequentam o mesmo tipo de lugares, que tem familiares próximos, que trabalham num mesmo local, que levam o mesmo tipo de vida, podendo assim contarem um com o outro e permanecer sem que alí haja a discriminação, seja racial, como religiosa e ideal. Eles sabem que fora daquele meio seria difícil viver, e formam em cada conjunto habitacional uma nova cidade dentro da metrópole.
  Bairros e regiões de Salvador, lugares com diferenças sociais exacerbadas, meios que não se encontram, porém meios que se completam, montando a estrutura de desigualdade que é um problema não só da cidade de Salvador mas sim de todas as outras metrópoles brasileiras, e para elas deve-se chamar a atenção, para que o mundo melhor possa abranger toda a sociedade, e os canais de desenvolvimento possam ser mostrados aos quem mais o procuram. A segregação e a segmentação espacial em nossa Salvador, uma realidade.  
   

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